terça-feira, junho 27, 2017

PINACOTECA

CRISTINO DA SILVA, Cinco artistas em Sintra (1855): Francisco A. Metrass, Tomás  da Anunciação, Vitor Bastos, Cristino da Silva e José Rodrigues. Os saloios, em trajes de domingo, observam o trabalho do artista. Ao fundo, entre brumas, o Palácio da Pena. ---Museu Nacional de Arte Contemporânea (Chiado), Exposição "A Sedução da Modernidade 1850-1910".
 

segunda-feira, junho 26, 2017

PALÁCIO DOS CONDES DE COCULIM



«(…) a alta pedra de armas dos Mascarenhas no cunhal de um prédio do Arco de Jesus, onde teria sido uma porta da cerca moura, (…) o portal neoclássico do palácio dos condes de Coculim, que Mascarenhas eram, armazéns de ferro, nisso deram as grandezas, (…)» -- JOSÉ SARAMAGO, História do Cerco de Lisboa
----- Depois das vicissitudes por que passou o vetusto palácio, veja-se a transformação do edifício: hotel de luxo em vias de abrir, acrescentado e lavado, mantendo o cunhal de armas e o portal neoclássico. [Foto de 25-6-2017]
 

quarta-feira, junho 21, 2017

CINEMA PARAÍSO

O filme O Baile dos Bombeiros, de Milos Forman, hoje na sessão da noite da Cinemateca Portuguesa. «Uma metáfora de todo o corrupto e incompetente sistema soviético», assim o classificou o realizador depois de ter deixado a Checoslováquia.
Produção Checoslováquia/Itália, 1967.
 

segunda-feira, junho 19, 2017

quinta-feira, junho 15, 2017

quarta-feira, junho 14, 2017

FRAUTA MINHA, QUE TANGENDO (7)


I
Gosto de si, disse
com os olhos
ainda na infância da noite.
Não acreditei, que uma coisa
é o que os olhos dizem
e outra, bem diferente,
o que a pele sente.
II
Numa ponte do Sena,
ou do Arno,
os amantes inscrevem os nomes
em cadeados que prendem às grades
e deitam as chaves
ao rio. Promessas
de amor eterno
sobre as águas mudáveis de Heraclito.
III
Os rios,
água íntima dos lábios,
segundo li em Fiama. Antemanhãs
de insondáveis pélagos.

13-6-2017




segunda-feira, junho 12, 2017

NOITE DE SANTO ANTÓNIO


Um importante milagre do taumaturgo português vem referido em História do Cerco de Lisboa – o da mula que se ajoelhou ante a hóstia sagrada, desmontando as heréticas pretensões dos que negavam a presença de Cristo naquela partícula do corpo de Nosso Senhor. Em prédio da Rua do Milagre de Santo António, ao Castelo, há um painel azulejar que assinala o prodígio. Pela minha parte, não entendendo nada de tão elevados assuntos, limito-me a escrever estes versos em redondilha maior:
Ó meu rico Santo António
Ó rico Santo Antoninho
A mulher é um demónio
Que dá amor e carinho
Tenho dito. E agora que venha a festa.


quinta-feira, junho 08, 2017

PRÉMIO CAMÕES

(...)
Que o poema seja microfone e fale
uma noite destas de repente às três e tal
para que a lua estoire e o sono estale
e a gente acorde finalmente em Portugal.
(...)
MANUEL ALEGRE, O Canto e as Armas, "Poemarma"

segunda-feira, junho 05, 2017

CINEMA PARAÍSO

Belle de Jour (1957), de Luis Buñuel, com Chaterine Deneuve. Amanhã às 21:30 na Cinemateca Portuguesa.
 
 

FRAUTA MINHA, QUE TANGENDO (6)

GUSTAV KLIMT, Danae (1907)
A casa parada, o pó sobre os móveis e os tapetes húmidos, um vento súbito metendo-se pelas frinchas das portas e janelas, o desafio. É tarde, tão tarde que a casa hesita nos alicerces de pedra e sonho, como se aquele fosse um falso vento e ali chegasse fora de horas por um insondável desvario atmosférico. São sempre horas de encher a casa de palavras, de arrancar das paredes as velhas fotografias silenciosas, de descobrir devagar o sentido ignorado das coisas. A casa é, agora, um lugar de esperança.