Afago-te a
barbatana do dorso como a um animal
de pêlo, mesmo
sabendo que vais rasgar-me os dedos
num assomo de
lâminas e espinhos de roseira brava.
Enganador o
género do teu nome: arranhas e mordes
com
requintes de fêmea, e eu deixo-me morrer
sob o olho túrgido
com que devassas os abismos
do oceano em
riste. És tu ou o quê, bicho de sal e água?
Como-te num assado de forno; chamo-te peixe
para esquecer que existes.
para esquecer que existes.
27/9/2014
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