terça-feira, maio 07, 2013

"O INSTINTO SUPREMO"

Romance prometido a Cândido Rondon e dedicado à sua memória, é uma transposição ficcional do trabalho desenvolvido pelo etnólogo de origem alemã Curt Nimuendajú com vista à pacificação dos índios Parintintins.
Publicado em 1968, o livro elogia essa “epopeia de humanitarismo”, embora registe uma certa visão da sua inconsequência social e moral.
O ex-operário Jarbas, possuidor de consciência de classe, uma das personagens envolvidas nas operações conduzidas por Nimuendajú, interroga-se: “ Mas que benefícios terão eles [os índios] em ser civilizados agora?  Talvez os índios não sejam mais felizes do que nós, pode ser, mas com certeza mais infelizes também não são.” Civilizá-los, sim – dizia –, mas quando houvesse farinha e feijão para todos, tanto no Brasil como no mundo inteiro,  quando o homem tivesse ascendido a uma condição superior e “a civilização já estivesse também civilizada”.
 
(Releitura para os Encontros Ferreira de Castro, 10 e 11 de Maio em Ossela e Macieira de Cambra)
 

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