sábado, outubro 15, 2005

Soneto a S. FREI GIL DE SANTARÉM, devaneio poético com metro e rima

Quiseste ser meu Fausto um deus venal
alçado acima dos simples mortais
pelo incomum saber de artes letais
abandonaste o Bem seguiste o Mal

Rútila tentação jugo fatal
dissolutos festins gozos carnais
amaste bruxas anjos sepulcrais
em submissão a um poder brutal

Comia-te o corpo a impura lava
a que te tinhas dado alegremente
e que de ti já tudo te levava

Quando uma luz te penetrou a mente
e te tirou da condição de escrava
a alma cega dessa treva ingente

D.E.

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